A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, anunciou a criação do projeto Alimentos da Terra dentro do programa SER Família Indígena, voltado para o apoio e capacitação de comunidades indígenas no cultivo de alimentos. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social (Setasc), busca promover o cultivo para consumo próprio e geração de renda, envolvendo inicialmente 40 aldeias indígenas.
O projeto foi lançado em uma reunião com lideranças indígenas no município de Campinápolis e contará com o apoio da Superintendência de Assuntos Indígenas, da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Virginia Mendes destacou a importância do projeto para as comunidades indígenas, agradecendo os parceiros envolvidos:
Tenho certeza que esse projeto irá auxiliar os povos indígenas a aproveitar os alimentos, seja para consumo, ou como fonte de renda.
Ações complementares
A secretária de Estado de Assistência Social, coronel Grasi Paes Bugalho, explicou que o Alimentos da Terra complementa outras iniciativas do governo estadual, como o recadastramento de famílias indígenas no Cadastro Único e a entrega de cestas básicas e veículos para suporte à assistência social. Segundo ela:
Esse projeto possibilitará às aldeias plantarem os alimentos, venderem o excedente e conquistarem autonomia. Em abril, já percorremos 162 aldeias para aumentar o alcance do Programa SER Família Indígena com transferência de renda.
A secretária também reforçou o projeto para a criação do primeiro Centro de Referência de Assistência Social Indígena (CRAS) em Campinápolis.
O superintendente de Assuntos Indígenas da Setasc, Agnaldo Santos, ressaltou que a agricultura familiar é uma das maiores demandas das comunidades indígenas. Ele explicou que o projeto “Alimentos da Terra” disponibilizará áreas de plantio de 2 a 5 hectares e incluirá capacitações técnicas para os indígenas.
O lançamento do projeto piloto será realizado em breve, e a iniciativa é vista como uma medida crucial para garantir a segurança alimentar e a autonomia econômica das aldeias.