O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, uma das figuras mais emblemáticas da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, em Petrópolis (RJ). Internado desde o dia 4 de setembro no Hospital Santa Teresa devido à insuficiência renal crônica, Cid Moreira sofreu uma piora em seu quadro de saúde e faleceu por falência múltipla dos órgãos às 8h desta manhã.
Nascido em Taubaté, São Paulo, em 1927, Cid iniciou sua carreira no rádio em 1944 e tornou-se uma das vozes mais reconhecidas do país. Seu corpo será sepultado em sua cidade natal, embora a data e o local do enterro ainda não tenham sido confirmados.
Com uma trajetória que abrange mais de sete décadas, Cid Moreira marcou a história do jornalismo televisivo no Brasil, tendo apresentado o Jornal Nacional aproximadamente 8 mil vezes. Sua estreia na televisão ocorreu na década de 1950, mas foi em 1969 que ele se consolidou ao assumir a bancada do primeiro telejornal transmitido em rede nacional, o Jornal Nacional, ao lado de Hilton Gomes.
Sua voz imponente e seu famoso “boa-noite” ficaram gravados na memória de milhões de brasileiros. Durante 26 anos, ele dividiu a bancada do JN com Sérgio Chapelin, tornando-se o rosto do jornalismo confiável no país.
Além de seu trabalho jornalístico, Cid também se dedicou à narração de salmos bíblicos, um projeto que culminou na gravação da Bíblia completa em 2011, um sucesso de vendas.
Ao longo de sua carreira, Cid Moreira também esteve presente no Fantástico e foi a voz de quadros icônicos, como o do ilusionista Mr. M. Em 2010, sua voz inconfundível também marcou a cobertura da Copa do Mundo com a vinheta “Jabulaaani!”, demonstrando sua versatilidade e impacto na cultura brasileira.
Cid Moreira deixa um legado incomparável na comunicação brasileira, sendo lembrado como o “senhor de todos os sortilégios”, como certa vez o definiu um admirador.