Na noite deste sábado (28), centenas de apoiadores do grupo xiita Hezbollah tentaram invadir a Embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, em protesto pela morte de Hassan Nasrallah, líder da organização terrorista libanesa. Nasrallah foi morto em um ataque de Israel na sexta-feira (27).
Os manifestantes se concentraram em frente ao portão da Zona Verde, onde fica localizada a embaixada americana. Vídeos e imagens divulgados nas redes sociais mostraram os protestantes segurando cartazes com símbolos do Hezbollah e fotos de Nasrallah. A tentativa de invasão foi rapidamente contida pela forte reação das forças de segurança.
O primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, condenou o ataque israelense ao quartel-general do Hezbollah em Beirute, chamando-o de “vergonhoso” e afirmando que Israel “cruzou todas as linhas vermelhas”. Ele se referiu a Nasrallah como “um mártir no caminho dos justos”.
A relação entre os EUA e grupos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah e milícias iraquianas, está tensa desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Essas facções têm atacado alvos americanos no Iraque e na Síria, provocando respostas dos EUA contra bases paramilitares pró-Irã.
Em paralelo, os Estados Unidos anunciaram um acordo com o governo iraquiano para encerrar sua missão contra o Estado Islâmico em setembro de 2025, mas ainda há discussões sobre a redução de tropas americanas no país, uma antiga demanda do Iraque.