Israel lançou novos ataques no Líbano neste domingo (29), intensificando a pressão sobre o Hezbollah após a morte do líder do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo na última sexta-feira (27). Além de Nasrallah, outros comandantes de alto escalão do Hezbollah foram mortos, o que expôs falhas de segurança dentro da organização. O ministro da Defesa de Israel estuda agora a possibilidade de expandir a ofensiva.
O Hezbollah, apoiado pelo Irã, retaliou com uma nova série de disparos de foguetes contra Israel, enquanto o Irã prometeu vingança pela morte de Nasrallah. O aumento dos bombardeios israelenses elevou o temor de um conflito de maior escala, com o risco de envolver o Irã e os Estados Unidos, que já reforçaram sua presença militar na região, embora ainda busquem uma solução diplomática.
Hassan Nasrallah foi o líder do Hezbollah por 32 anos, transformando o grupo terrorista em uma poderosa força militar e política no Líbano, além de fortalecer os laços da organização com o Irã e sua rede de aliados na região. O corpo de Nasrallah foi recuperado do local do ataque aéreo em Beirute, e, embora o Hezbollah ainda não tenha anunciado o funeral, libaneses lamentam sua morte.
Nas últimas semanas, ataques aéreos de Israel mataram importantes líderes do Hezbollah, destruíram bases militares e desferiram duros golpes nas suas operações. O Exército de Israel relatou, neste domingo, que atingiu dezenas de alvos no Líbano, incluindo lançadores de foguetes e depósitos de armas. A Marinha do país também interceptou projéteis lançados do Líbano e do Mar Vermelho.
O Ministério da Saúde do Líbano informou que mais de 1.000 libaneses foram mortos e 6.000 ficaram feridos nas últimas semanas de bombardeios, com um milhão de pessoas deslocadas de suas casas. A infraestrutura civil e médica também foi gravemente atingida, com 14 médicos mortos nos últimos dois dias de ataques.
Com o aumento das tensões, drones israelenses sobrevoaram Beirute durante toda a noite e o dia, enquanto novas explosões sacudiram a capital libanesa, aumentando a insegurança entre os civis.
